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Toshokan Sensou: amor, livros, a importância de lutar por um objetivo em uma era onde não existe liberdade de expressão

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Baseado em uma série light novel, Toshokan Sensou (em inglês Library Wars), por Hiro Arikawa, foi adaptado em anime pelo estúdio Production I.G; o responsável pela direção é Takayuki Hamana e o roteiro adaptado fica por conta de Takeshi Konuta. Toshokan Sensou foi transmitido no bloco Noitamina, responsável por trazer em sua programação excelentes animes, tais como Nodame Cantabile, Sakamichi No Apollon e na temporada atual de animes o tão aguardado Gin No Saji (que para quem não sabe é adaptado de um mangá da autora Hiromu Arakawa, de Fullmetal Alchemist), além de muitos outras obras notáveis.

A história inicia-se quando a protagonista Iku Kasahara, ainda adolescente, estava em uma livraria e o seu livro preferido é apreendido de suas mãos e censurado até que esta é salva por um integrante do exército anticensura, que tem a finalidade de assegurar o direito à leitura assim tal como a liberdade de expressão dos cidadãos. Esse regime governamental desenvolve-se devido ao aperfeiçoamento da mídia e por razão deste aprimoramento é então estabelecido na sociedade japonesa um sistema que visa controlar filmes, músicas, o que é escrito, jornais, exibição de programas na televisão e sobretudo livros considerados impróprios e prejudiciais à população. Por conseguinte dessa ocorrência, surge o exército anticensura que acaba gerando uma espécie de guerra civil contra o exército da censura.

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A partir desse acontecimento Iku nutre uma admiração profunda, combinada por um amor platônico pelo o membro do exército que a salvou e decide por sua vez ingressar no exército para assim proteger livros de serem apreendidos de livrarias e bibliotecas. Com seu jeito desajeitado, desorganizado e meio moleque para os padrões (que acaba lembrando um pouco da personagem Chihaya de Chihayafuru pela a maneira de portar-se e também pelo o fato de que ambas acabam sendo inspiradas por rapazes e, por razão deles as influenciarem em seus respectivos objetivos, desenvolvem uma forte admiração por cada um desses), Iku é aceita como a primeira oficial feminina na Força de Tarefa devido sua grande habilidade física e acaba conhecendo Dojou Atsuchi, seu superior exigente e durão com ela que, por conta do temperamento de Dojou em ser mandão e às vezes repreender muitas atitudes de Kasahara, ela acaba odiando-o e discutindo com Dojou várias vezes, porém Iku nem imagina as surpresas que serão desvendadas envolvendo Dojou.

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Por tratar de um tema bastante peculiar como a liberdade de expressão, do qual muitos países passaram por situações semelhantes, nos deparamos com diversos assuntos a serem discutidos, entre tais a importância da leitura em uma sociedade e como esta tem o poder de mudar pensamentos e atitudes, fazendo os cidadãos serem críticos e questionadores, a importância da liberdade de expressão em cada episódio, tornando-se um atrativo a mais ao telespectador e o empolgando em cada episódio; tudo isso sem parecer chato, pois Toshokan Sensou rende boas risadas com as cenas da desajeitada e preguiçosa Iku, especialmente em cenas nas quais Iku aparece brigando com Dojou e vice-versa. Embora possua alguns clichês e um romance típico de shoujo no meio de muitos conflitos e cenas de ações, não se atrapalha o desenrolar da trama e acabamos querendo descobrir o desfecho deste, embora seja um tanto que previsível. Ao contrário do que possamos imaginar, o toque de romance tem somente a acrescentar, pois por se tratar de um assunto como a ditadura, poderia facilmente transformar-se em algo pedante e pouco atrativo, todavia há aspectos que poderiam ter sido mais explorados, visto que Toshokan Sensou possui características semelhantes de romances diatópicos (sob a minha análise esta série é uma distopia), tais como Admirável Mundo Novo, 1984 e Fahrenheit 451, sendo que este último  há até uma referencia no anime  no sexto episódio.

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O design dos personagens é razoável, pois não fora muito bem trabalhado e nas cenas de ações são um tanto que ruins, já que carece de detalhes e movimentos. Outro ponto negativo é a trilha sonora, que não é nada atrativa, onde nem as músicas de abertura e encerramento conseguem salvar. Na dublagem, o elenco conta com dubladores conhecidos, como Inoue Marina (Skip Beat e Getsumen to heiki mina), voz de Iku Kasahara, e Maeno Tomoaki (Sora no manimani e Amagami SS), voz de Dojou Atsuchi, que por sinal foi a voz que mais gostei, porque deu um toque fofo no às vezes grosseiro Dojou.

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Com apenas doze episódios (eu acho tão pouco, poderia ter mais), é um anime que consegue empolgar já no seu primeiro episódio e deixa o telespectador empolgado e curioso para assistir o seguinte capítulo e assim garante que todos gostem, proporcionando, então, entretenimento, o que acarreta um desejo no final de que houvessem mais episódios. Além dos doze episódios, a série possui mais um especial e um filme entítulado Toshokan Sensou: Kakumei no Tsubasa, que é uma continuação do anime e um live action que estreou em abril deste ano.

Sobre Jaque

Uma pseudo professora de inglês que ainda precisa se esforçar muito para fazer jus ao título, admiradora de diversas coisas nunca focando somente em um tipo de cultura pois gosta da diversidade que o mundo pode oferecer. Pretende ser fluente em espanhol e russo e se possível ser uma webdesigner por hobbie, ama também animais, Pepsi e sonha poder viajar por diversas partes do mundo.

8 comentários em “Toshokan Sensou: amor, livros, a importância de lutar por um objetivo em uma era onde não existe liberdade de expressão

  1. Vi apenas 4 episódios, mas está bem legal, principalmente as partes cômicas.
    Obrigado pela recomendação ^^

  2. Ola ^_^
    Alguem sabe aonde posso encontrar esse mangá em portugues?
    preciso MUITO!!!!

    O anime é otimo !!!

  3. Oque aconteceu com o site? Por que parou as postagens?

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