[+18] Me Excita Droga! – A Putaria que você vai curtir

A putaria que você pensa que será putaria, mas não é. A putaria que você odeia de uma forma que você termina gostando. Få meg på, for faen (ou “Me Excita, Droga!”) é um filme que, pelo menos eu, considero assim.

Alma, 15 anos, e sua melhor amiga, Saralou, moram em uma cidade chata e pequena, no Norte da Noruega, chamada Skoddeheimen. Detestam tanto Skoddeheimen, que a cada vez que o ônibus escolar passa pela placa com o nome da cidade, elas dão o dedo do meio. Alma está sempre excitada, e sonha com Artur.

Digo que me surpreendi com o filme, porque ele é divertido e levemente engraçado.

Ele pode ser visto como comédia, apesar de não ser muito engraçado.

Ele funciona melhor como filme de drama, já que retrata sobre as aflições de adolescentes descobrindo a sexualidade em uma cidade do interior.

O filme é bem atrativo pelo nome e pela sinopse, mas, nele, há mais do que isso; as atuações são boas, a fotografia é boa, a direção é competente, e a história te envolve. Afinal, quem nunca passou pela fase da Alma, a fase de fantasiar?

Helene Bergsholm (Alma) é um colírio aos olhos, mas é uma atriz jovem e bastante limitada. Entretanto, mesmo com essas limitações, ela consegue cumprir bem seu papel; bonita, ela encanta a quem assiste, e, aos homens de plantão, fica a vontade de invadir o filme e satisfazer sua personagem Alma.

O filme, como dito acima, pode ser visto também como um drama que mostra as terríveis perspectivas das jovens norueguesas que vivem em uma cidade pequena e tem que se conformar com uma existência medíocre caso resolvam viver como a maioria. Essa indefinição de tom e a intenção de mesclar os dois gêneros acaba prejudicando “Me Excita, Droga!”, pois a roteirista e diretora Jannicke Systad Jacobsen extrai poucos momentos de inspirada criatividade, intensidade e bom humor.

O filme, apesar de não ser nenhuma obra-prima, diverte bastante, com algumas situações bem cômicas (como, por exemplo, a mãe da Alma se apaixonando por um plantador de nabo, sim, de NABO). O filme poderia ter 2 horas, que talvez não cansasse.

O filme mostra bem o drama de morar em uma cidade pequena, já que tudo o que você faz, todos sabem. Todos sabem, por exemplo, o que aconteceu com Alma: Artur cutucou seu pênis nela e revelou isso a todos; no fim, ele negou, e Alma “pagou o pato” sozinha, inclusive ganhando o apelido de “Alma-cutucada”.

Acho que vale a pena ver o filme, pois ele é curto. Para os mais exigentes, já tem o seu Blu-ray disponível. Talvez nunca, as chances são minúsculas, mas caso o filme venha ao Brasil, vale a pena dar uma conferida. Garanto que é melhor que muita coisa que está atualmente em cartaz no cinema.

É um filme divertido, que eu recomendo. Qualquer dia, dou uma passada pela Noruega, lugar bonito.