Quando a felicidade de um garoto decidirá o futuro do mundo.
Demografia: Webtoon (é demografia, será?)
Gêneros: Comédia, Fantasia Moderna, Drama, Psicológico
Volumes/capítulos disponíveis: 27 capítulos (em inglês) de 32
Sobre o que é: Otakinha tem que fazer um emo feliz para salvar nosso planeta.
O que lembra: Mawaru Penguindrum, Angel Beats
O que esperar: Muitas risadas e algumas lágrimas.
Acredito qie muitos aqui já devem ter se deparado com webtoons. São manhwas (histórias em quadrinhos coreanas com estilo puxado dos vizinhos japinhas) publicadas diretamente na internet. As mesmas não tem intenção de serem divulgadas fisicamente em revistas, por isso os coreanos adaptaram as mesmas para tirarem mais proveito do espaço virtual e criarem características próprias. Elas são normalmente coloridas e com páginas alongadas. Os quadros também costumam ser bem mais afastados um dos outros, dependendo da situação. Essas são as características mais normais, já que existem diversas possibilidades para as mesmas.
As webtoons ficaram bem populares aos ocidentais recentemente devido ao “boom” coreano. É normal achá-las em sites de leitura de mangás em inglês e até em português em boa quantidade e popularidade. Admito que levei azar no começo para me adaptar ao formato e acabei não me apegando muito com as primeiras que li, mas depois tudo se tornou mais fácil. Resolvi comentar está em especial pelo fato de ter me empolgado e ser pouco comentada.
Nowhere Boy começa contando sobre Hyun, um garoto que venceu o Unhappy Survivol, um jogo para achar a pessoa mais infeliz do mundo. Ele como prêmio, pode desejar qualquer coisa diretamente a Deus. O problema começa quando Hyun deseja o fim do mundo! Deus responde com um “Ok” porém, ele dá 100 dias para que Hyun possa mudar de ideia. É nessa hora que a jovem mangaká é chamada para tornar nosso menino feliz com a ajuda de 12 apóstolos e assim salvar o mundo.
A história é surreal do começo e provavelmente até no final apesar de haver uma boa mudança no clima. A primeira parte é totalmente focado em apresentar nossos 14 personagens (15, se você contar nosso hilário Deus mandando mensagens para o celular da Oh Duk). Com exceção da protagonistas, todos são de alguma forma absurdos e surreais. Hyun, sempre escondendo seus lindos olhos azuis, tem uma pokerface constante e não fala nada (NADA) desde o evento Unhappy Survivol. O conjunto dos 12 apóstolos é formado por esteriótipos da cultura nipônica (o herói de super sentai, a robô, a mahou shoujo, a anja, o demônio, e etc). Isso foi feito com o intuito de parodiar os mesmos, criando algumas das melhores piadas do mangá. Isso junto com os planos otakus da Oh Duk, colocando a “tática de estratégia harem” como exemplo.
No entanto, conforme o fim do mundo se aproxima, existe uma grande mudança de um mangá cômico para algo mais depressivo. Depressão acaba sendo o verdadeiro tema do mangá escondido por sua primeira camada de comédia. Nessa parte, existem algum simbolismos, além do nítido mostrado no começo (Oh Duk sendo Jesus vindo salvar a Terra). Não foi só um bom aproveitamento do enquadradamento diferenciado, mas das cores que fizeram a arte do pedaço final de Nowhere Boy um show a parte, criando um lindo apocalipse com um certo ar poético. Pra mim foi lindo, mas talvez isso não impressione tanto quem se está acostumado com os Comic (também coloridos, geralmente, né?).
Ouve um certo abuso do drama que pode soar forçado aos mais frios, mas comigo tirou uma lágrima em um momento específico. Eu também queria que o autor tivesse aproveitado mais os apóstolos. Alguns devem ter tido umas 5 falas na história toda. O começo também teve uns momentos um tanto repetitivos. Porém, Nowehere Boy continua uma história diferente com uma arte muito boa. Uma boa recomendação pra quem quer começar com as webtoons. Pena que ainda não terminaram de traduzir.