EPISÓDIO 16: PARA MINHA AMADA SAKI 「愛する早季へ」 (Aisuru Saki e)
Trágico amor.
Pura melancolia na despedida aberta de Maria.
Despedida com direito a abertura especial mostrando o relacionamento de Saki e Maria desde a tenra infância. Vemos que as duas sempre caminharam na linha tênue entre amor. amizade e admiração, mesmo antes do famigerado episódio 8, onde apareceram pela primeira vez como um casal romântico. Esse background torna a separação atual ainda mais triste e dá mais corpo para que o espectador crie empatia com a perda, assim como no desaparecimento de Shun, outro grande momento de peso para Shin Sekai. Mesmo que o anime não seja tão character-driven, esses momentos-chave do relacionamento da turminha sempre recebem tratamento devido. Até eu que não tenho tanta empatia com Maria, me solidarizei com elas.
Mas não é só de melação que se trata a carta, pois nela Maria abre vários questionamentos sobre o que acontece nesse mundo maluco:
“Uma sociedade que mata suas crianças para manutenção da paz pode ser considerada uma sociedade humana normal?”
A metáfora usada por ela esclarece totalmente a relação de medo que os adultos tem com as crianças, enxergando-as como ovos prestes a eclodir talvez anjos ou talvez demônios, que na dúvida são esmagados perante a menor e subjetiva possibilidade de se tornarem demônios. Talvez fosse algo que não precisasse ser tão exposto na obra, mas o recurso usado disfarçou um pouco o que vejo como uma grande meta-explicação do autor. É um personagem abrindo seu ponto de vista por escrito, afinal…
Maria também idealiza a relação dela com Saki, imaginando que apenas ela sentiria falta dela caso fosse executada, e seus pais não. Certamente a visão dela com relação aos adultos é a mais pessimista possível. Apesar de sabermos o quanto a mãe de Saki sofre por ter perdido sua filha mais nova e que os adultos tem seus próprios fardos, seria difícil que a ruiva pensasse diferente na posição dela, vendo os amigos sendo mortos um a um.
Voltando à realidade. Satoru e Saki decidem fazer como Maria pediu e reportar que ela e Mamoru morreram, o que é assustadoramente aceito por Yakomaru com requintes de manipulação. Ele até sugeriu arranjar alguns ossos pra reforçar a farsa. Prestativo o Bakenezumi, não? Parece até um Sebastian, só que não
Mas como a dupla ainda tem dois dias, procuram mais um pouco pelos dois fugitivos, sem sucesso. Toda essa pressão faz Saki ter pesadelos bizarríssimos relacionados a Maria e Shun, com visões do garoto sem rosto tentando alertá-la de alguma coisa. Fazia um tempo que não tínhamos uma cena brisada assim.
Por fim, passando a noite em mais um iglu improvisado com Cantus, eles tem uma última discussão a respeito do caso, na qual Saki finalmente desaba aos prantos depois de segurar todo esse tempo.
Essa parte ficou BEM ambígua no anime, mas na novel original os dois passam a noite juntos, então confirmando: sim, eles transaram mesmo, apesar da Saki continuar com o ‘garoto sem rosto‘ assombrando seus pensamentos. Bem, acho uma pena que tenham cortado tanto a demonstração de afeto entre os dois, pois isso sempre fez parte do universo de Shin Sekai.
E no próximo episódio, passagem de tempo novamente!
EPISÓDIO 17: PEGADAS NAS RUÍNAS 「破滅の足音」 (Hametsu no Ashioto)
Um novo arco se inicia, e encontramos Saki com 26 anos trabalhando no setor de Investigação e Regulamentação do Departamento de Controle de Exoespécies, vulgos Bakenezumis. Ela e Satoru estão mais tímidos entre si, embora não fique claro o que se passou nesses 10 anos. E logo de cara, mais detalhes a respeito da relação dos humanos com os Bakenezumi entram em cena: por exemplo, se uma colônia Bakenezumi quer entrar em guerra com outra, isso precisa passar pelos humanos através de um formulário por escrito. Ok, na hora de colocar isso por escrito, ficou bem engraçado. Quase Vogon.
A questão é que uma das colônias O-Suzumebachi foi atacada sem permissão, e isso acarreta uma reunião entre o Conselho e os líderes das duas maiores Colônias existentes: Yakomaru e Kiroumaru. Além do problema político, foi a chance de Saki e Satoru voltarem a se falar como antes, embora para o espectador essa situação não tenha significado nada…

LOGO, O QUE INTERESSA NESSE EPISÓDIO É A VOLTA DO KIROUMARU, CLARO
A discussão entre os Bakenezumi esquenta e a politicagem do Yakoumaru fica óbvia, principalmente quando Tomiko encosta ele na parede e Kiroumaru não pôde evitar o sorriso. Resumindo, Yakoumaru ainda tenta jogar a culpa em cima dos O-Suzumebachi e pagar de democrata liberal, levando a situação definitivamente pra guerra, mas fica evidente que ele tem segundas, terceiras e quartas intenções ao provocar esse incidente.

Tomiko está te julgando

FANSERVICE
Entretanto, essa guerra ainda permanece nebulosa, pois a primeira colônia atacada, aliada dos O-Suzumebachi e estopim da guerra, mudou de lado quando as batalhas começaram e se aliou aos Robber Fly. E em mais um daqueles cliffhangers típicos de Shin Sekai, ao final Saki recebe a notícia de que os O-Suzumebachi foram aniquilados na batalha imediatamente posterior a uma vitória fácil.
Isso dá início ao arco dos Bakenezumi que se estenderá por mais alguns interessantíssimos episódios. E temos também um novo encerramento estrelando uma misteriosa Maria, o que dá a pista de que sua participação ainda será fundamental, e totalmente vinculada à aparente independente guerra das Colônias.
E é isso, até o próximo Diário de Bordo, retroativo, mas sempre presente!
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Kanjis dos nomes dos episódios retirados do Blog Random Curiosity