EPISÓDIO 14: FLOCOS DE NEVE 「雪華」 (Yuki Hana)
Sayonara.
E as leoas do Comitê de Educação mostram as fuças.
Satoru e Saki voltam separadamente para a vila, onde o desaparecimento de Maria e Mamoru já rendeu perturbações consideráveis e dor de cabeça para os líderes. Consequentemente, Saki é intimida para um interrogatório oficial a respeito do assunto, pois teve a pachorra de sair correndo atrás deles sem ter avisado ninguém.
Na boa, assistindo pela segunda vez, chega a ser engraçado ver aquele monte de adultos inquirindo uma criança tão seriamente, é uma situação meio surreal. Mas não deixa de ser perturbadora, pois logo Saki se vê encurralada e resolve falar diretamente sobre os fujonekos e o descarte de crianças. Isso termina de deixar as professoras bravinhas e ela estaria encrencada caso a Tomiko-sama não chegasse e colocasse muita um pouco de moral nas penosas loucas do Comitê, salvando a Saki de um destino pior e já adiantando que a quer na sucessão do próprio cargo. Costas quentes é pouco!
bons drinque e bons amigo
Mas nada nessa vida é de graça, e, depois de um chá amigável em companhia de fujonekos, a Tomiko explica porque é tão necessário e urgente que eles recuperem Maria e Mamoru. Na verdade, é algo bastante óbvio: dois humanos com Cantus ativo são como armas nucleares à solta, você não pode largar perdido por aí. Se a intimidação de ‘não atravesse a Barreira Sagrada’ não funciona mais, tudo pode acontecer… claro, a princípio o Death Feedback não os deixaria cometer atrocidades, mas isso está longe de ser um alívio, dado as possibilidades de outros problemas surgirem a partir de uma dupla de párias.
Portanto, Saki tem três dias para trazer os amigos de volta enquanto Tomiko segura as pontas na vila e impede que os dois virem presa para todos os cães e gatos de caça de todas as vilas. Bem, não é como se Saki estivesse fazendo isso só por obrigação, pois tudo que quer é os dois de volta em casa, sãos e salvos. Na verdade, é o que Saki e Satoru estavam tentando fazer desde o início! No fim das contas, esse povo da vila só atrapalhou, como vemos ao final do episódio, pois Mamoru e Maria partiram ainda para mais longe evitando ao máximo serem encontrados. Para o desespero de Saki.
telômeros da juventude
De brinde, temos a resposta de Tomiko para sua aparência sempre jovem: seu poder de Cantus é tal que ela consegue regenerar seus telômeros, estruturas do nosso corpo constituídas por fileiras repetitivas de proteínas e DNA que formam as extremidades dos cromossomos. Apesar de nem ela saber se isso garante a imortalidade, tem dado certo por 267 anos. Mas que garante uma influência política e social infinita, ah, isso garante com certeza. Apesar que isso não adiantaria de nada se ela não tivesse as qualificações de liderança, e uma prova disso é uma pessoa com esse poder pensar em uma sucessora. Quantos outros no dela o luganão teriam se acomodado, imaginando que uma vida eterna os esperava? Pensando um pouco, isso me fez respeitá-la ainda mais como personagem. Ah, e alguém mais reparou que só ela tem um kimono completo e tradicional japonês?
E se regenerar os telômeros realmente causaria um efeito assim, bem… uma pesquisa rápida na internet me respondeu que sim, o retardo do envelhecimento está relacionado com o tamanho dos telômeros e com o limite de Hayflick. Claro que não é tão simples quanto no anime, mas como não temos Cantus na vida real, também não acho necessário ficar procurando chifre em cabeça de cavalo. Basta saber que existe sim uma base científica para o caso de Tomiko, embora exagerada para a ficção.
E com isso, tivemos um episódio bastante interessante no andamento do plot e um pouco de desenvolvimento de personagem, embora não tenha mais muita coisa a se dizer sobre ele. O que nos leva ao episódio 15, onde a coisa fica ainda mais feia!
EPISÓDIO 15: IMAGEM FANTASMA 「残像」 (Zanzo)
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Voltamos a ter aquela interação entre Saki e Satoru como um time eficiente e que se dá apoio mútuo, mas a missão de resgate se torna quase impossível quando eles retornam ao iglu e a dupla fugitiva não está mais lá. E pra completar, a Saki tem que cair de novo em um buraco. Sério, Shinsekai tem um andamento muito bom, mas às vezes cai em umas armadilhas de roteiro tão… preguiçosas, quando se trata de alguns ganchos para mudança de cena.
Mas vamos falar do lugar onde ela acordou, onde reencontramos um velho amigo (?)
E Squealer, ah não, agora é Yakomaru, pois ao que parece a colônia dele subiu de nível desde a última vez que o encontramos e ele ganhou um nome e roupinhas novas… o que não mudou foi seu comportamente bajulador para com os ‘deuses’. Entretanto, tudo parece normal até que Saki pede para visitar a Rainha.
Muda a trilha sonora, muda a expressão do Squealer (não consigo chamar ele de Yakomaru, não combina) e o clima pesa; ele bem que tenta enrolar as crianças com conversinha paralela, mas eventualmente precisa levá-los até a Rainha. Só que mesmo a conversinha nos trouxe consideráveis surpresas: a colônia Robber Fly agora conta com uma Assembléia composta pelos líderes das principais colônias anexadas, que faz reuniões em uma construção de concreto – algo que nem os humanos têm nessa época!
olha o luxo
Só isso já deixa Saki e Satoru meio ressabiados, e a coisa só piora quando encontram a Rainha: metida em uma baia, completamente subjulgada e imóvel, reduzida a um instrumento reprodutor. A mudança do tom de voz do Squealer quando explica ‘que não teve jeito’ é perceptível e meio perturbadora (
Namikawa-sensei divo), e mais ainda é o seu conteúdo: basicamente, quando começaram a formar uma sociedade mais organizada, eles se revoltaram com a tirania das Rainhas e mandaram um golpe de Estado. E MAIS:“Não somos ferramentas para serem descartadas. Somos a segunda espécie em inteligência depois dos Deuses nesse mundo.”
“A todos os seres inteligentes não deveriam ser assegurados direitos iguais?”
“Não é isso que chamam de democracia? Foi o que li no livro de sabedoria dos deuses.”
majestade
Não é à toa que depois disso Saki e Satoru têm uma conversa particular a respeito de todas essas mudanças de pensamento e do quanto as ações dos Bakenezumi estão se assemelhando as dos humanos, como se eles estivessem tentando emular esse modo de vida. Até a hipótese de um falso minoshiro é levantada.
Mas tudo isso são especulações, e o casal tem problemas bem mais urgentes para se preocupar. Squealer foi solícito em ajudar a procurar Squonk, o Bakenezumi que estava com Mamoru e que pode saber que direção ele e Maria tomaram. Saki provavelmente só não esperava algo tão… bélico. Um grande contingente da colônia, senão todo ele, é destacado para um ataque direto. Obviamente o ninho da Goat Moth é obliterado, e vemos mais uma vez a faceta mesquinha e danosa de Squealer, que mais uma vez tenta manipular os ‘deuses’ para matarem todos os inimigos dele.
De qualquer forma, Saki impede que ele continue apavorando e vai logo falar com o pequeno Squonk, que para a tristeza dela não sabe onde Maria e Mamoru foram, mas entrega uma carta que lhe foi confiada.
E assim termina um ótimo episódio, que dá uma amostra da politicagem entre as colônias Bakenezumi, algo que ainda vai render. Além disso, começaram a aparecer as telas brancas com frases escritas com garranchos em alfabeto romano e que ainda não foram explicadas:
ao entrar na baia da rainha
ao receber a carta
E é isso, como sempre Shinsekai sabe onde terminar os episódios para você ficar no mínimo curioso. Semana que vem estou de volta com os reviews dos ótimos episódios 16 e 17!
Até a próxima!
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Kanjis dos nomes dos episódios retirados do Blog Random Curiosity
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