Tão louco, tão legal, tão fácil de entender, e ao mesmo tempo tão complicado. Esse anime é maravilhoso.
Baseado em um livro de mesmo título, Kuchu Buranko (ou Trapeze) é um anime que passou na temporada de outubro de 2009 no bloco Noitamina e com direção de Kenji Nakamura (Tsuritama, Monomoke). A história reúne diversos contos de Ichirou Irabu, um excêntrico psiquiatra que atende às mais variadas situações. Seu comportamento fora do comum surpreende seus pacientes ao longo de cada história.
Como explicar Trapézio (irei me referir ao anime assim agora), como eu não sei. Como Sócrates dizia: “Eu só sei que nada sei”. Será um review difícil, ele provavelmente é bem diferente do que eu normalmente resenho.
Mas isso que eu disse é que faz a graça do anime. Ele é diferente, ele é louco e surpreendente, uma grata surpresa que eu tive na minha primeira maratona de férias.
O anime segue uma fórmula bem básica. Ele é episódico, cada episódio é basicamente contando um dia entre 16 e 25 de dezembro, onde num belo dia ou não, um paciente entra no consultório. Logo o brilhante, misterioso e carismático doutor Irabu dá o diagnostico, nisso entra sua bela assistente, que aplica a fórmula básica que o doutor usa para curar seus pacientes, uma simples injeção de vitamina. Após esse procedimento, Irabu sai de sua forma de ursinho gigante e se transforma em uma loli com um olhar penetrante ou um cara com cara de pedófilo que usa orelhas de ursinho (e o mais legal é que ninguém nota que ele mudou de aparência). A cada episódio temos todo o desenvolvimento com meio e fim do problema, muitas soluções são inusitadas e algumas bem esperadas.
Quem vê Trapézio após esse resumo pensa logo que o anime deve ser um puta dramalhão do caralho a quatro. Pois é, amigo, se ferrou, isso não tem nada de drama.
O anime é muito colorido, o clima dele é super leve; é uma comédia muito boa, os casos dos pacientes são conduzidos com um bom humor incrível. Os casos são leves, são bem explicados, e as piadas são colocadas super naturalmente na história.
O anime é intrigante, ao mesmo tempo em que é divertido. Temos histórias que apesar de episódicas, são de alguma forma ligadas. Por exemplo, temos um cara que é compulsivo com o uso de celulares, e depois temos o caso do pai do garoto estressado com os problemas que ele causa na família, é tudo ligado apesar de ser episódico.
Cada paciente apresenta uma coisa legal e que fica como sua característica marcada. Não tem episódios iguais; apesar de seguir a mesma linha sempre, Trapézio se renova a cada episódio e não deixa quem assiste se cansar.
Vou contar um exemplo, o meu caso favorito: ele ocorre com um cara que sofre de ereção descomunal, eu rolei de rir nesse episódio, para mim é o mais engraçado de todos, e ele pode dividir opiniões quanto a solução do problema, vejam e discutam aqui depois.
E o principal é a coisa que mais me deixou intrigado com esse anime, as suas três formas, me deixaram curioso, afinal, o que ele é? É um ursinho, uma loli, um pedófilo? Nunca saberei, só sei que ele é um personagem muito legal.
Aliás, eu disse anteriormente que o anime era colorido (foi no 6º parágrafo, eu acho), então isso é algo que eu ame ou odeia, na minha sincera opinião. Ele é todo colorido, o que deve ser ruim apenas para quem acha que um anime adulto (sim, esse anime é adulto) tem que ser obscuro.
O que ele ajuda exatamente na história é que os cenários todos coloridos deixam o clima mais leve, o que condiz com o anime. Ele é para ser leve e divertido e aquele cenário que se vê no contraste máximo dói os olhos ajuda muito, é legal, é bonito, parece que uma criança pintou os cenários.
Aliás, a animação é tão daora quanto os cenários; ela é basicamente uma animação tradicional, mas como isso precisava ser ousado, temos uma mistura com live action no meio da animação!
Os peitos da foto acima são da assistente do doutor, ela é 99% do tempo live action. Além dela várias caras e bocas são em Live Action, e são muitas engraçadas; dá um charme tremendo ao anime, aliás, uma dessas caras é bem parecida com a imagem do diretor do anime lá no MyAnimeList.
Mas graças ao plot, uma coisa óbvia acontece: assim como Kino no Tabi, o anime não tem fim, mas não é bem um problema, já que o anime é muito bom, assim como Kino, e deve ser visto.
Mas enfim, ele é diferente, divertido, e muito bem humorado. Ri bastante, foi uma experiência parecida com a primeira temporada de Moyashimon; ele pode não ter o fanservice de Strike Witches, mas é algo muito bom de ver, principalmente em maratona, e é uma experiência bem legal de se ter como Minori Scramble.
É um dos meu animes favoritos, Kuuchuu Buranko é ótimo! \o/ O Irabu é louco, mais do que os próprios pacientes. As cenas misturadas em live action me incomodavam no começo, mas isso faz parte do anime ser tão único. O que me encanta mais ainda é que a história passa algumas mensagens, só é uma pena não ter tido sido mais longa.
E ele criança não é uma loli, tá!?