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Uchuu no Stellvia e as meninas moes com problemas no espaço sideral

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É bom ou não é bom? Precisei de 26 episódios para responder essa pergunta.

Uchuu no Stellvia é um anime original de Sci-Fi do estúdio Xebec lançado em 2003 e tem 26 episódios. O anime tem na staff Tatsuo Satou, conhecido diretor por ter feito Nadesico, Mouretsu Pirates, Cat Soup e Rinne no Langrange. A história se passa em 2167, onde uma supernova engolfa a Terra com uma onda de energia eletromagnética, deixando o céu verde e causando incontáveis desastres. Depois de se recuperar dessa primeira onda, a humanidade começou a erguer defesas para se proteger, e pelo ano 2356, uma rede de seis fundações (estações espaciais orbitais) agora defendem a Terra de uma segunda onda de supernova que é esperada para chegar mais tarde nesse mesmo ano. Cada fundação tem um colégio para cadetes jovens promissores, e a ansiosa Shima Katase, de 15 anos, acabou de ser aceita em Stellvia, a 2ª Fundação. Fazendo amigos, indo às aulas, aprendendo a pilotar uma nave espacial leve – é tudo parte das suas experiências de colegial, centenas de milhas acima da Terra, a bordo da estação espacial Stellvia.

Anime enganador do caralho. Digo mesmo no cru e sem usar vaselina pra aliviar o impacto.

Mas por que eu digo isso? É bem simples até. Ultimamente não ando ligando para plots, o motivo disso tudo é bem simples: eles tão pouco valendo para alguma coisa.

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Qualquer plot pode ser bom: uma simples história com Undines me encantou completamente, micróbios moeficados me fizeram ter bons momentos, idols moes apenas vivendo seu dia a dia, aliens invadindo a Terra e banindo os samurais, posso citar ainda uma OVA de 30 minutos sobre uma pinguim robô causando altas confusões na cidade? E sem citar ainda as lutas por marmitas e garotos sendo presos.

Tem mais exemplos, claro, mas se eu for citar mais ainda, vai ficar longo demais e eu não vou conseguir desenvolver nada, o texto aqui já vai ser longo. Enfim, plots não valem de nada, e hoje tive mais uma lição tirada disso.

Leiam a sinopse de novo e voltem após o bip. Bip, leram? Então basicamente a história inicial que te passam é que são meninas moes defendendo a Terra.

E inicialmente é isso, nos primeiros episódios eu vivia falando “Nossa, que merda, to vendo um anime de meninas moes vivendo vidas escolares moes no espaço”, e olha que eu gosto, mas graças ao meu costume de não dropar animes que vejo em maratona, a não ser que eles sejam muito ruins claro, fora isso não costumo dropar.

O início fica basicamente nisso: temos a garotinha principal; ela sai de casa, brigada com a mãe e vai para a escola que dá o nome ao anime; nisso ela faz amizades, se torna um gênio da escola, é artilheira de um campeonato doidão que eles têm (sim, naves no espaço viraram um esporte), essa parte não é necessariamente ruim, ela é legal, mas é apenas isso, você não consegue gostar de verdade, demorou o mesmo tempo que praticamente eu levei em Hidamari Sketch para me acostumar, eu não desgostava, mas ao mesmo tempo não gostava tanto assim.

Mas o anime não é isso. Daí entramos em uma nova questão, o que ele é?

No início mostra que é meio um “meninas moes no espaço”, mas logo vem a bomba: é um drama que se passa numa escola no espaço sideral sobre a vida dos personagens. É quase um mecha, é quase um Slice of Life.

Depois que essa parte passou, eu nem estava vendo o anime lá muito animado, afinal, ele tinha nada demais para me prender, não dava para surtar ainda. Só que quando se mostrou uma vida escolar antes de algo que pode salvar o mundo eu fiquei: “Oh meu deus, como eles conseguem ser assim?”.

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É como Kino no Tabi, a qualquer momento podia acontecer uma desgraça ali. É imprevisível, mas o anime conseguia passar um clima calmo, coisa que eu não conseguiria assim tão fácil, pois veja, a minha vida está em minhas mãos, mas ao contrário de Kino no Tabi, não só a minha vida, mas sim a de um planeta inteiro, é muita responsabilidade jogada para cima de mim.

Mas de certa forma, conseguiu ser bom, pois se fosse um drama somente, talvez não fosse bom. O clima meio Slice of Life é agradável, não é depressivo.

Mas é claro que o anime tem furos já no próprio plot, porque sinceramente, se uma estrela explodisse na camada de ozônio como ela está atualmente, até quem está em abrigos iria morrer, e mesmo que não morra, levaria séculos até o planeta ser habitável de novo, pois se ela atualmente já está bem destruída, sem ela acabou, não tem como nem viver como se fosse um dia normal. Mas isso é um Sci-Fi, então acabamos revelando o romantismo que a ideia passa.

Bom, lembra que eu disse que isso aqui era um drama escolar? Pois bem, os personagens são bem desenvolvidos, a principal Shima é muito interessante.

Começamos o papo citando o seguinte: ela é uma humana comum. Se formos ver alguns animes mechas por aí, veremos o seguinte: um soldado super treinado, um garoto que se envolve com uma alien, mas que já tinha talento natural; o filho dos dois citados ali do lado, um depressivo com talento, e muito mais.

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Para termos ideia, a principal no início ganha o apelido de “Shipon”, que seria uma brincadeira com o fato dela ser horrível, chegando a bater o recorde nos jogos aqui citados de pessoa a ser retirada de campo (!!!), mas isso é só no começo, ela vai melhorando mais para frente, tanto a ponto de deixar de ser a pior para ser uma das melhores, e sim, “uma das melhores”, pois ela ainda não se torna a melhor.

Mas apesar de tudo, ela parece uma versão menos depressiva do Shinji. O motivo disso é que ela chora na maioria dos episódios, ela falha no treinamento, chora, ela falha no jogo, chora. Acho que perdi as contas de quantas vezes ela chorou, e olha que são apenas 26 episódios e acabou.

O resto dos personagens são simpáticos, e tem até uma loli para shippar Yuri lá pela metade do anime. Não dá para desgostar de ninguém, eu ao menos saí sem odiar ninguém do elenco. Mas apesar disso, todos são diferentes, não dá para dizer que são iguais ou sem personalidade. Cada um é de uma forma, é daqueles que não permite personagens genéricos.

Se formos citar alguém que seja ruim, no máximo o Kouta, que apesar de ser principal, ele não tem emoção alguma, e no fundo só serve para ser o par romântico da Shima e salvar o mundo, mas nada no nível do Shinji, talvez próximo da Rei.

Mas apesar de a Shima chorar bastante, tem momentos bem bonitos protagonizados por ela, então os chorões de plantão com certeza vão chorar. Se choram com Ano Hana, irão chorar com esse também. Ela faz um belo mix de emoções, não dá para saber se sentimos pena e a apoiamos ela ou não, enfim… Tirem suas conclusões.

E sobre a animação e o traço, só tenho a dizer que os dois são bons. O traço é legal e funciona muito bem como moe, o CG não é estranho mesmo para algo de quase 10 anos atrás. Enfim, é um anime legal. Se quiserem ver, eu recomendo sinceramente, fiquei diversos episódios me perguntando a forma que essa review aqui começou: afinal isso é bom ou não? E no final posso dizer que sim.

2 comentários em “Uchuu no Stellvia e as meninas moes com problemas no espaço sideral

  1. Estou procurando o mangá traduzido deste anime, achei que 26 episódios foi pouco, insuficiente para desenvolver por completo a história.
    Minha intenção não é criticar o anime, mas deu a impressão que o desenvolvimento da história foi um pouco comprimida no desenrolar da metade do anime, sem contar na “formação dos casais”, que foi um pouco apressada nessa parte.
    O anime vem com uma história muito bem feita, por isso faltaram episódios para deixá-lo completamente divertido de assistir.. creio que 2 temporadas de 24 Episódios cada daria conta do recado. foi parecido com o OVA de Suzumiya Haruhi, que após o anime passou a impressão que deveria haver continuação.
    “Sumary”: Anime que deixou gosto de “quero mais”.

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