EPISÓDIO 5: UMA SUFOCANTE NOITE EM FUGA
Depois da infodump, hora da ação
Diário atrasado, mas aproveite para relembrar o que aconteceu no episódio passado antes de assistir ao de hoje!
De começo, o ataque suicida do Blowdog leva o monge Rijin com ele e as crianças se vêem cercadas pelos Bakenezumi selvagens. Temos uma cena consideravelmente tensa enquanto eles decidem se correm, para onde correm e como escapar dessa situação lastimável: sem Cantus, sem adultos por perto e a milhas de qualquer traço de civilização.
A partir daí o episódio foca em Saki e Satoru, que fogem para o mesmo lado quando o grupo se separa e acabam sendo feitos prisioneiros pelos Bakenezumi. E, no estresse do cativeiro… a aproximação deles chega ao nível máximo.
Ainda que a investida inicial de Satoru pareça repentina, Saki não a rejeita de imediato. Apenas quando ela associa o impulso às informações do Minoshiro sobre o alívio do estresse através de contato sexual é que decide colocar um fim na situação… e também por lembrar-se de que não estavam sozinhos ali, pois havia a presença do Bakenezumi de vigia. A edição da cena causa dúvidas sobre até onde o casal chegou. Insinuaram-se toques e carícias, mas nada foi explicitamente mostrado.
Vale dizer que a cena foi conduzida de uma maneira bastante interessante e nada vulgar, auxiliada pelo estilo diferente de arte desse episódio. Os personagens estavam com traços mais limpos e até pareciam mais velhos, um pouco semelhante ao traço do prólogo do episódio 2. Isso realmente trouxe um clima diferente para o anime e dividiu opiniões, mas ao meu ver, combinou com o ritmo mais frenético dessa parte – apesar de alguns erros de animação e caracter design bastante visíveis em alguns pontos…
Mas fica o registro da experimentação na direção do anime, que ficou a cargo de Yamauchi Shigeyasu ( Casshern Sins, Dr. Slump, Yumekui Merry). O próximo episódio parece trazer a arte padrão de volta, então quem odiou não precisa se preocupar.
Então temos finalmente a aparição da estrela do episódio, o bakenezumi Squealer, que é capaz de falar linguagem humana e se refere a Saki e Satoru como ‘jovens deuses‘, acreditando piamente no aspecto sobrenatural deles. Ele os salva do perigo iminente, mas os coloca em outra confusão ao implorar por ajuda contra os Bakenezumi selvagens, o clã Chichigumo. Temendo pela própria segurança, obviamente o casal não revela que está impossibilitado de usar o Cantus.
A apariçao da Rainha da colônia de Squealer foi particularmente bizarra. Não tivemos explicações sobre ela, apenas vimos do que é capaz quando está em ação e que parece mais animalesca e irracional do que o pobre Bakenezumi que a serve.
Também foi interessante ver as crianças, principalmente Saki, tendo que engolir o medo e adquirir uma postura perante a situação sem saída. Ao encarar a Rainha ela estava apavorada, e a pressão de ‘deus’ colocada pelo crédulo Squeele não colaborou. Já Satoru parecia mais a vontade com tudo aquilo, enfrentando os monstros, tendo ideias, superando a falta do Cantus. Nas suas próprias palavras: ‘não temos Cantus, mas ainda temos cérebro’. Mais um potencial rebeldezinho aflorando.
Novamente o final traz um cliffhanger desgraçado, com a dupla/casal fugindo da invasão dos selvagens na colônia e indo parar, de alguma forma, no estômago de um animal muito grande e… explosões. Veremos a punição que aguarda as crianças depois de tantas regras quebradas.
ps: o Squealer é puro moe. Sem mais.
ps 2: poxa, eu nem tenho do que reclamar do roteiro de Shinsekai, mas as duas vezes que a Saki escorregou pra fazer o plot andar foram tão clichês que doeu. Dá pra começar a evitar essas coisas em 2012, né?
Então é isso, até a próxima semana!
Eu entendi essa mudança na arte como se fosse, a visão de mundo das crianças mudou completamente, então os produtores queriam que nós(espectadores) passássemos pela mesma experiência.