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Diário de Bordo #01 – Jinrui wa Suitai Shimashita

O melhor anime do ano estréia o mais novo quadro rumo a derrota do comunismo e do capitalismo, bem-vindos ao Diário de Bordo #01 sobre Jinrui wa Suitai Shimashita.

Jinrui wa Suitai Shimashita é um anime produzido pelo grupo AIC e com patrocínio da Marvelous AQL, no estúdio AIC A.S.T.A, a história é baseada na série de light novels escritas por Romeo Tanaka, considerado pelos japoneses, um dos melhores escritos da atual geração, a novel também ganhou uma adaptação em mangá em Janeiro desse ano, na revista seinen Ikki (Dorohedoro, Saraiya Goyou, Ride Back, Bokurano), com desenhos do novato Rei Neyuki.

Conta a história de um futuro onde os seres humanos estão vivendo séculos de declínio na sua população, a tal ponto que hoje a Terra é o reino das fadas; pequenas criaturas com 10 centímetros de altura, muito inteligentes e que adoram doces. Shujinko é uma humana com um trabalho muito importante: Ela é a mediadora entre as fadas e os humanos. Ela escolheu esse trabalho por pensar se tratar de uma tarefa simples, porém, depois de conhecer as fadas, ela percebe que não é bem assim.

Bom, passamos pela tradicional apresentação de qualquer coisa nova que falamos aqui no blog, vamos falar desse bendito Diário de Bordo.

O nome Diário de Bordo por si só já revela muita coisa, mas pra quem não lembra do que significa a expressão: “Diário de bordo é um instrumento utilizado na navegação para registro dos acontecimentos mais importantes. A expressão pode também ser usada como diário de algo que se faz, uma espécie de Sumário.”

A ideia é essa, apresentarei posts baseados nos 6 primeiros episódios de uma série, normalmente será sobre as que estão no topo no top da temporada (que pra quem não sabe, fica na minha MAL, até que o post do Another Prix fique pronto no final da temporada), deve manter o mesmo estilo já conhecido por quem lê o americano. E bem, para estrear, por que não a zebra que ficou em primeiro, superando sim, o meu mais aguardado anime de Julho: Kyoukai Senjou no Horizon.

Jinrui até agora manteve uma narrativa que me agradou muito.

Ele funciona como uma crítica bem feita, não tem cara de crítica, você descobre a crítica ao decorrer dos arcos fechados de 2 episódios, não é um anime complicado de se entender, ele é bem simples, é divertido ver as situações que a Watashi se envolve, ele chega a usar muita comédia, a ponto de ser confundido com um anime de comédia.

Mas essa review tá muito estranha, minha narrativa está começando no que seria no meio de uma postagem comum, mas estamos falando aqui do anime que mais pode confundir sua cabeça, a ideia aqui é fazer o mesmo.

Jinrui tem personagens carismáticos, todos são do tipo gostáveis, ninguém do elenco é bundão, todos são espectadores de uma grandiosa história controlada por coisas pequenos com cara de psicopata que nunca mataria ninguém e que tem apenas 10 centímetros, ou como preferir, as fadas.

Watashi é uma personagem muito bonita, principalmente quando ela está de cabelo longo, ela não é uma personagem profunda, não há muito a entender sobre ela, ela é a narradora da história apenas, ela está ali para mostrar o que vai acontecer no arco, mas a história não funciona sem ela, ela é intuitiva, apesar de não ser pouco curiosa, ela é uma personagem funcional.

Watashi é um ser humano, então logo precisa de ajuda, Yoshu serve justamente para isso, ele não fala nada, mas sua carisma está ai, ele tem uma aparência bonita, ele ajuda Watashi em tudo e sempre está com ela nas situações, a história não funciona sem ele também, já que Watashi não pensa em tudo sozinha.

Y é uma personagem burra, ela é idiota, serve como alívio cômico, ela mostra o quanto a humanidade é impulsiva, mas não tão má, ela faz as coisas por simplesmente querer e manda o foda-se, fora que ainda ela é fujoshi.

O Avô de Watashi é uma amostra de como apesar de muitos adultos serem espertos, todos são de forma bem parecidos, ele tem responsabilidade, cuida da Watashi, dá conselhos a ela, a castiga, mas no fim sempre a perdoa, não importa o que ela tenha feito.

Agora notaram que eu não usei nenhum nome de verdade nessa descrição dos personagens, sim, pois Jinrui faz uso desse artifício, ele é interessante para a história, já que ele te livra da necessidade de precisar decorar nome de nenhum dos vários personagens que a série tem, funciona já que o foco aqui é fazer com que você reflita sobre o que o arco te passou, e apenas isso, essa técnica já foi vista no principal de Tatami Galaxy (que por acaso irei assistir em breve).

A Opening é a coisa mais troll do mundo, assistindo a ela junto da música, ela me trolla fortemente, quem assiste pensa: “Oh, um anime feliz cheio de amor e fadinhas”.

Pois é, você foi lindamente trollado e nem sabe disso ainda, Jinrui é um anime dark, imprópio para pessoas de coração fraco, se você for não for digno de tanta genialidade você deve dropar, talvez seja por isso que eu gosto tanto da OP de Jinrui, mesmo que ela seja troll, ela é linda e divertida, a melhor Opening do ano e haters gonna hate.

O mais legal de Jinrui até agora foi que ele é episódico e muito informativo junto de suas críticas.

Para se ter ideia, o segundo arco funcionou melhor que Bakuman inteiro, sim, 2 episódios que me ensinaram mais que fodendo 20 volumes de Bakuman.

O arco em questão começa com o renascimento da raça de otakus que eu mais odeio, mas que ao mesmo tempo não largo de forma alguma, e não se sabe os motivos disso: as fujoshis.

Elas resurgem, e mostram o quanto são poderosas no mercado, elas ficam lá, criam competições e feiras só pra elas, e no final, a história termina nos ensinando o verdadeiro significado do mangá.

Como disse o Panino, elas estão ali por serem a moda do momento, perto de um câncer, logo precisaram estar ali, é uma crítica dupla, desde as fujoshis, ao atual mercado de mangás.

O mais legal de tudo está ainda no arco interior, o que me conquistou logo de cara, ele mostra os prejuízos causados pela sociedade moderna, eu mesmo não sei do que é feito o meu pão, mas adoro apenas comer ele, eu nunca peguei numa arma e fui caçar, já que nunca foi necessário eu fazer isso, eu adoraria poder fazer, mas não é necessário, então apenas fico aqui e escrevo que gostaria fazer isso, entendem a lógica?

O último arco eu só saquei graças ao Panino, ele foi bem complicado pra mim, inicialmente eu não entendi seu propósito, e nem depois de encerrar ele no episódio 6 fez sentido, mas ao ler a postagem tudo fez sentido agora, e me fez pensar: “Que merda, ao menos meus posts são úteis pra algo”.

Por que isso? Porque antes eu não fazia nada de interessante, não produzia nada, ao fazer um review (seja ele bom, épico ou ruim), eu deixo um legado, uma mensagem a quem for ler o review, não sou mais um inútil.

Não é uma crítica a quem não faz reviews, mas a ideia que eu estou tentando passar é a seguinte: eu estou deixando algo para a história da humanidade, mesmo que ninguém valorize.

Se um dia uma sonda for ao espaço com todo o conteúdo da internet, eu vou estar lá e não apenas por falar bobagem no Twitter ou no Facebook, ou em qualquer outro lugar, mas também por ter feito vários textos que podem ser interessantes ou não.

É um legado, uma outra forma de vida pode se interessar por mim, e assim foi reforçando a genialidade de Jinrui.

Estou pensando em encerrar a review, ela está longa, mas as Yousei-san me pagaram para falar delas, então eu preciso falar delas, e a única coisa que tenho para falar delas, é que eu gosto delas.

Elas são misteriosas, tem uma face engraçada, e um formato bem bonito, elas são trolls ou não, elas são muita coisa, elas são ao todo misteriosas e muito interessantes.

Jinrui até agora tem sido um grande anime, e até que prove o contrário, é um dos candidatos mais fortes ao AOTY do Another Prix daqui (lembrando que ano passado quem ganhou foi Nichijou).

Espero que na próxima postagem eu possa conseguir falar mais das fadas, e de todo o mistério desse anime, até agora essa mistura aleatória na ordem cronológica está dando certo, mas vai continuar dando até o fim? Vejam isso quando sair o Diário de Bordo final de Jinrui wa Suitai.

2 comentários em “Diário de Bordo #01 – Jinrui wa Suitai Shimashita

  1. Grande review! Confesso que também fui trollado pela abertura. Logo quando vi, pensei: “Ah não… lá vem mais do mesmo. T.T ” E foi justamente que nem você falou, entre uma risada e outra nós vemos críticas e ironias sobre a nossa sociedade e para onde estamos caindo. Só que também há elogios, como aquele episódio da fábrica da galinha e no que aparecem aquelas “espaçonaves de reconhecimento”.
    Está um grande anime que promete. Eu sempre pensei que as fadinhas poderiam representar a nossa consciencia sabe? De querer fazer tudo simples, de ser tão pequena que as vezes ignoramos ou que dependendo de estímulos, podemos reproduzilas e infectar outras pessoas…
    Não sei… talvez seja só a minha mente fértil. ^^’

    • Eu não fui tanto, pois nos PVs tive uma ideia que não seria colorido.

      Mas interessante sua ideia de que as Fadas são a nossa consciência, já pensou se é isso mesmo? Bem interessante sua ideia =P

      Bom, agora é esperar né, talvez nos próximos 6 episódios ou na S2 (soube que o anime tá indo muito bem) tenhamos a resposta.

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